O Almeidense, do técnico Roberto Giolo, sagrou-se campeão geral do 1º Torneio Integração, disputado neste sábado (03/09) na sede da Embrapa em Campo Grande. O campeonato reuniu oito botonistas e contou com as estreias de Ricardo Velloso (Vasco) e Rafael Domingos (Flamengo) entre os companheiros da Sobotoms.
O torneio leva o nome de Integração, mas bem que poderia ser chamado de Evolução. O nível técnico cresceu em comparação a certames disputados recentemente, como a Copa Aniversário de Campo Grande ou o Torneio Amizade. O fato de não haver times exageradamente fracos ou fortes contribuiu para que os jogos fossem mais acirrados.
A tabela com dois grupos de quatro botonistas baseou-se no Campeonato Carioca: no primeiro turno, todos jogam entre si nos grupos. No segundo, os grupos se cruzam. De cada fase saíam os finalistas que disputavam o troféu simbólico (como nas taças Guanabara e Rio).
O campeão do turno pegaria o do returno, mas Roberto Giolo acabou com a festa alheia e conquistou as duas fases, dispensando a grande final.
O sucesso do Almeidense em quadra pode ser explicado pelo quesito regularidade. Roberto Giolo aproveitou a maioria dos pontos que disputou e manteve a contabilidade do ataque no azul. Fatores que refletiram de forma favorável nos confrontos decisivos de semifinal e final.
A seguir, uma breve análise sobre o desempenho dos participantes:
ALMEIDENSE (Roberto Giolo)
As principais jogadas ofensivas de Giolo são tramadas bem próximo à grande área, mas ele também faz boas incursões a partir do campo de defesa, com arremates a partir do centro do campo que levam muito perigo ao gol adversário. Seu toque de bola é refinado, e o treinador mantém a calma mesmo pressionado pelo adversário.
TRICOLOR (Rodrigo Alva)
O maior patrimônio do técnico está nos seus atacantes: botões de precisão incomum que arrematam bem em qualquer condição. Rodrigo sabe se virar na criação de jogadas ofensivas. É o famoso "time chato" de vencer.
VASCO (Ricardo Velloso)
É impetuoso no ataque e tem alta precisão no controle de bola. Quando o jogo tem ares de tensão, o treinador acaba transmitindo a carga emocional para a palheta - o que pode resultar em reação rápida se o time está em desvantagem. Mas o que conta a favor, também pesa contra. Diante de um adversário muito inferior, a mão pode descalibrar. Foi o caso do Clássico dos Milhões: apesar da avalanche de ataques vascaínos, o placar não saiu do zero contra o Flamengo.
FERROVIÁRIA-SP (Fernando)
É preciso nos chutes a gol e consegue surpreender seus adversários. Tanto que na primeira fase derrotou o Almeidense, que seria depois o campeão do torneio. "Fora o chocolate", nas palavras do técnico Roberto Giolo. Se souber aproveitar melhor a posse de bola na intermediária do ataque, será casca-grossa para qualquer desafiante.
OLYMPIQUE-FRA (Hélder)
O time francês bate a gol sempre que possível, sem trabalhar muito o dadinho. O técnico Hélder começa a experimentar o giro de jogadas entre os lados da cancha, visando ampliar o repertório ofensivo. Conduz a bola com segurança e se desvencilha da marcação com facilidade, mas ainda peca no último toque e desperdiça chances preciosas no ataque.
FLAMENGO (Rafael)
Não joga dadinho há anos e perdeu a prática da palhetada. Apesar de ter tido um desempenho fraco na competição, não fez feio: venceu o bom time da Ferroviária-SP logo na estreia e empatou em zero a zero com três adversários. Saiu do Torneio Integração de cabeça erguida, embora precise treinar mais se quiser brigar por títulos.
CANÇADÃO (Paulo)
Vi apenas um jogo e notei um time retraído em campo, criando pouco ofensivamente. Ao ser pressionado, demorava para revidar as agressões. No geral, Paulo detém todos os requisitos para ser um ótimo competidor.
BORUSSIA DORTMUND-ALE (Gilberto)
Também vi apenas uma partida. Time compacto que trabalha bem o dadinho e chuta a gol com perigo. Chegou às semis e por pouco não faturou um turno.
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